Em entrevista coletiva após a vitória do Cruzeiro sobre o Flamengo, neste domingo (4), pelo Brasileirão, o técnico Leonardo Jardim contou os “bastidores” do gol decisivo de Gabigol.
O camisa 9 começou no banco de reservas e entrou nos minutos finais do duelo, após ouvir algumas “palavras mágicas” do treinador português.
E elas funcionaram, já que o matador decretou a “lei do ex” em cima do Rubro-Negro e garantiu o triunfo da Raposa, aproveitando para depois rir junto com Jardim.
“Quando coloquei o Gabriel, eu disse a ele: ‘Gabi, tem 10 minutos (para acabar o jogo). Nestes 10 minutos, vai ter uma chance e essa você vai ter que finalizar’. Quando acabou, a gente riu junto e eu falei: ‘Te disse que você ia ter uma (chance), é essa que você tem que fazer'”, brincou o luso.
“Fico feliz por ele também e por todo o grupo, porque merecem a vitória hoje. Não foi uma vitória ‘por favor, em que que o adversário teve 10 situações e nós, de olhos fechados, fizemos os gols. A gente mereceu. Hoje, fomos melhores que o Flamengo. Talvez a gente não seja (um time melhor), mas, hoje, fomos melhores”, completou.
Posteriormente, Jardim também explicou como vem gerenciando a questão de manter Gabriel na reserva do Cruzeiro nos últimos jogos.
O treinador assegurou que não ouve os incessantes pedidos da torcida para colocar o artilheiro em campo e apontou que só fará substituições quando a equipe de fato precisar.
“Em primeiro lugar, vocês sabem que eu respeito muito a torcida e gosto muito dessa emoção que nossos torcedores colocam nos jogos. É fundamental, e obrigado a eles por fazerem isso. Mas, quando estou no jogo, se eles chamaram três ou quatro vezes por um jogador, eu nem percebi isso, porque meu foco nos acontecimentos do jogo é muito maior do que estar a ver o que está acontecendo exteriormente”, relatou.
“As substituições de hoje foram feitas por necessidade da equipe no momento em que a gente estava, e aproveitamos para colocar os jogadores que acabaram por ter interferência direta no lance do gol. Fico feliz pelos três, fico muito feliz pelo Gabriel, porque ele fez um gol na sua ex-equipe, e isso foi fundamental também para nós, para conseguir os três pontos. Mas estou feliz com todos: com os que iniciaram, com os que entraram”, seguiu.
“Volto a dizer: as substituições são feitas por necessidade. Se a equipe está bem, não vou trocar. Às vezes, trocar e piorar acontece muito. Às vezes o treinador troca e piora a equipe. Então, deixa andar e as coisas acontecerem. Quando estava a quebrar, eu fiz as trocas, coloquei um losango no meio com a entrada do Eduardo e aí jogamos com dois atacantes nos minutos finais”, finalizou.
Com a bola na rede, Gabriel agora soma oito tentos em 16 partidas pela Raposa, além de uma assistência.
O resultado deste domingo manteve a Raposa no G-4, estando perto do topo da tabela.
Por outro lado, o Flamengo perde a liderança para o Palmeiras, assim como sua invencibilidade no Brasileirão.
