Após um considerável recuo nas negociações nas últimas semanas, a CBF voltou a adotar um tom de otimismo nos bastidores da negociação para ter Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira.
Em compasso de espera, a confederação mantém conversas com representantes do técnico do Real Madrid e confia, pelos retornos recebidos diretamente da Espanha, que um desfecho positivo se desenrolará após o duelo entre a equipe merengue e o Barcelona, neste domingo (11), por LALIGA.
Além dos contatos entre interlocutores de CBF e treinador, uma ligação entre o presidente da entidade brasileira, Ednaldo Rodrigues, e o comandante do Real nesta semana ratificou a decisão da confederação de aguardar mais alguns dias pelo profissional.
Ednaldo buscou entender, diretamente com Ancelotti, se o impasse financeiro que travava sua saída do Real Madrid poderia ser resolvido. Com a sinalização positiva e até um pedido de paciência de Carletto, o mandatário da CBF decidiu esperar. E a paciência do lado brasileiro pode encaminhar um acerto na próxima semana.
O estafe de Ancelotti informou aos dirigentes brasileiros que nenhum anúncio oficial deverá sair após El Clasico, mas que o caminho estava novamente livre para uma acerto nos bastidores. Somente após o Real não ter mais chances em LALIGA é que o clube de Florentino Pérez deve oficializar a decisão.
Em paralelo a isso, o treinador já conversa com a CBF e retoma o desenho do planejamento que envolve tempo de contrato, montagem da comissão técnica e até acesso à pré-lista convocatória para os jogos da seleção em junho que deve ser enviada à Fifa até o dia 18 de maio.
Na tentativa de evitar conflitos diplomáticos com o Real Madrid, a CBF agora tenta entender qual seria o melhor momento para anunciar o aguardado acerto com Ancelotti. A única coisa já definida pelas partes é que o treinador italiano já estaria presente no Brasil no dia 26 de maio, data projetada para a divulgação da convocação para a Data Fifa de junho – jogos das Eliminatórias contra Equador e Paraguai.
Oficialmente, a CBF não comenta o assunto. A entidade reafirma que apenas o presidente, Ednaldo Rodrigues, e o diretor geral de seleções, Rodrigo Caetano, participam das conversas em busca de um novo técnico.
A CBF não fala, mas tem pressa por uma assinatura. Pressionado na esfera judicial e precisando se defender de ameaças ao cargo no Rio de Janeiro e em Brasília, Ednaldo Rodrigues aposta que um acerto com Ancelotti poderia diminuir a temperatura perante a opinião pública. A ideia é “virar a página” do noticiário na próxima semana.
