O GP de Miami da Fórmula 1, vencido por Oscar Piastri, da McLaren, no domingo (04), ficou marcado por uma confusão no rádio da Ferrari.
Hamilton vinha na oitava colocação, na volta 38, quando pediu para a escuderia italiana solicitar que Leclerc, seu companheiro de equipe que vinha na sétima posição, o deixasse ultrapassar.
O piloto inglês não gostou do tempo que a Ferrari demorou para autorizar a troca de posição e disse no rádio se a equipe queria “uma pausa para o chá”. Antes, ainda disse que a situação “não é um bom trabalho de equipe” e questionou: “Vocês querem que eu fique aqui a corrida inteira?”.
Algum tempo depois de finalmente ultrapassar Leclerc, a escuderia pediu para Hamilton, que não havia passado pelo sexto colocado Andrea Kimi Antonelli, devolver a posição ao companheiro de equipe.
O inglês seguiu o recomendado. Mas, em outro momento, quando foi informado de que Carlos Sainz, da Williams, se aproximava, ele respondeu com ironia: “Também quer que eu o deixe passar?”.
Hamilton, após o GP, disse que a situação seria resolvida “internamente”. “Claro, no calor do momento, é frustrante. Mas vamos resolver internamente, descobrir como podemos melhorar. Não estamos onde queremos estar. No final das contas, foi uma corrida difícil”, disse, à F1 TV.
“Eu estava em oitavo e coloquei um pneu novo, e claramente tinha muito mais ritmo do que o carro da frente, então, naquele momento, foi tipo: ‘Ah, vamos aproveitar. Vamos alcançar as McLarens’. Foi tudo muito disputado. E muito tempo foi perdido no cenário que tínhamos”, completou.
O chefe da Ferrari, Fred Vasseur, também evitou deixar a situação pública.
“Falei com ele e ele não ficou nem um pouco frustrado. Nunca é fácil pedir para companheiros de equipe trocarem de posição, mas entendo perfeitamente que fizemos isso pelo bem da equipe”, disse.
Por fim, Leclerc também se pronunciou e disse que “faria a mesma coisa se estivesse no lugar” de Hamilton e garantiu que “não há ressentimentos”.