Home Sports Lesão ‘surpresa’ de Matheuzinho aprofunda desgaste de técnicos do Corinthians com DM

Lesão ‘surpresa’ de Matheuzinho aprofunda desgaste de técnicos do Corinthians com DM

by Da Reportagem

Tivemos um problema sério com o Matheuzinho”. A declaração do técnico Dorival Júnior logo após a vitória do Corinthians sobre o Santos, na Neo Química Arena, foi uma amostra de um desgaste que existe entre os departamentos de futebol e médico do clube, algo que existe desde que Ramón Díaz estava à frente da equipe, segundo apurou a ESPN.

Pouco depois da publicação da reportagem, o Corinthians anunciou a saída da doutora Ana Carolina Ramos e Côrte do comando do departamento. “O clube agradece à médica pelos serviços prestados e deseja sucesso na sequência profissional.”

Existia incômodo com a condução do DM no tratamento de alguns jogadores, e o caso do lateral-direito é apenas o mais recente dos exemplos. Matheuzinho ficou de fora do clássico em Itaquera por conta de um edema na coxa direita, segundo breve comunicado divulgado pelo clube, que acrescentou que “o atleta está em tratamento na fisioterapia”.

“Vou procurar saber o que aconteceu realmente. Não pode. Ele viajou para o jogo do meio de semana, mas, de lá para cá, não treinou”, desabafou Dorival em entrevista coletiva. “De repente, nos pegou de surpresa vê-lo cortado do treinamento de sexta, sábado e sem condição de jogo para o domingo.”

Matheuzinho foi poupado pela comissão no empate em 1 a 1 diante do América de Cali, em 6 de maio, por conta do desgaste e para o controle de carga. O lateral, no entanto, foi liberado pelo departamento médico para ficar à disposição nos jogos contra Mirassol e Racing (URU), ficando apenas entre os reservas em Montevidéu.

De acordo o que apurou a ESPN, a incerteza sobre a real condição do defensor aumentou o desconforto entre o DM, então chefiado pela médica Ana Carolina Côrte, e departamento de futebol.

Ainda que tenha sido o primeiro com Dorival Júnior, o desgaste entre os setores no CT Dr. Joaquim Grava se arrasta desde os primeiros meses de 2025, com Ramón e Emiliano Díaz e a indefinição sobre a condição de jogo de Rodrigo Garro, por exemplo.

A antiga comissão técnica do Corinthians ficou incomodada com as idas e vindas do meia ao departamento médico e uma possível falta de clareza sobre a lesão que o armador enfrentava no joelho direito. Irritados, os argentinos cobraram uma definição sobre a real situação do jogador.

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Houve ainda discordância sobre o tratamento da tendinopatia no joelho direito do argentino, que decidiu seguir com a recuperação com um profissional particular na Espanha, algo que o departamento médico do clube não recomendava. A decisão foi tomada pelo próprio meia com o aval de Fabinho Soldado, executivo de futebol.

À ESPN, Garro revelou que precisou recorrer a injeções para conseguir atuar na reta final do Campeonato Paulista. O meia participou do aquecimento com o restante do grupo no treino da última sexta-feira, seguindo uma atividade de reabilitação no gramado sob as orientações da equipe de fisioterapia do clube.

Memphis Depay é outro desses casos. O holandês teve a situação do tratamento de uma entorse no tornozelo direito atualizada pelo próprio Dorival em sua entrevista, em um problema descrito por ele como “grave”. Segundo o clube, o camisa sofreu “uma pequena lesão ligamentar” durante treinamento na última semana.

“O Memphis não tem questão cirúrgica, estou até me adiantando ao departamento (médico), mas não há necessidade. Teve uma torção muito forte no tornozelo, um inchaço muito grande, absurdo até. Talvez no meio de semana ele tenha condições de iniciar os trabalhos”, disse o treinador, ampliando ainda o “boletim médico” ao camisa 8 do Timão.

“O Garro começa a voltar agora aos trabalhos, está praticamente iniciando essa transição. Espero que recupere o mais rápido possível, quem sabe possamos ter por um ou duas partidas antes da parada para o Mundial de Clubes”, concluiu.

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Além do trio, o bastidor de ruído entre departamentos do clube passou por Gustavo Henrique. O zagueiro foi submetido a uma cirurgia para tratamento de uma hérnia inguinal no dia 1º de maio, e não tem prazo para retornar às atividades.

Segundo apurou a ESPN, o defensor alega dores desde o começo da temporada, mas a necessidade de uma cirurgia só foi comunicada à comissão técnica de Ramón Díaz pouco mais de uma semana antes da demissão do técnico. As fontes ouvidas entendem que houve demora no diagnóstico preciso sobre o jogador, o que gerou mais um desconforto.

Há, nos bastidores, o entendimento de que existe uma comunicação ineficiente dos médicos do Corinthians ao departamento de futebol sobre os prazos para liberação dos atletas para os retornos às atividades com o elenco.

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