Home Sports ‘Mentor’ de Ancelotti se oferece para ajudar na seleção e fala sobre Neymar

‘Mentor’ de Ancelotti se oferece para ajudar na seleção e fala sobre Neymar

by Da Reportagem

Carlo Ancelotti teve um gênio revolucionário no último suspiro como jogador de futebol. Foi acolhido por ele nos primeiros passos da nova carreira, como auxiliar-técnico. Agora, no imenso desafio que será comandar a seleção mais vitoriosa do mundo, é o mentor que lhe oferece ajuda.

Hoje aos 79 anos, Arrigo Sacchi é daquelas mentes brilhantes que o futebol produziu. Bem à frente do seu tempo, criou um dos maiores times que o esporte já viu, o Milan do fim dos anos 1980 e início da década seguinte, e teve a oportunidade de dirigir Ancelotti e depois tê-lo a seu lado na seleção da Itália, na Copa do Mundo de 1994 perdida para o Brasil, nos pênaltis.

Amigo pessoal do por ora comandante do Real Madrid, Sacchi atendeu à ESPN com exclusividade para dizer o que pensa sobre o desafio do antigo braço direito. Em meio aos muitos elogios ao caráter e à capacidade de Ancelotti como pessoa e profissional, o italiano também revelou que se colocou à disposição para trabalhar na seleção brasileira.

“Eu até disse para ele: ‘Se quiser, vou com você’. É um prazer ter gente assim”, contou Sacchi, até empolgado com a chance. “Quando vocês o virem, vão conhecê-lo. É um homem extraordinário. Sabe tudo. Não há uma pessoa que saiba mais do que ele. Olha, eu até disse a ele que iria com ele. E não está dito que eu não vá. Ele é realmente uma pessoa nota dez. Não, 11. Mais que dez”.

Os dois passaram anos lado a lado. Ancelotti e Sacchi dividiram vestiário no Milan de 1987 a 1992, período em que venceram duas vezes a Champions League, duas vezes a Copa Intercontinental (o Mundial de Clubes da época), além de uma Supercopa da Uefa, uma Supercopa da Itália e dois títulos do Campeonato Italiano.

Ancelotti pendurou as chuteiras, Sacchi foi para a Itália e o levou para ser seu auxiliar. Juntos, foram vices da Copa de 1994, nos Estados Unidos. No ano seguinte, Ancelotti foi contratado pela Reggiana para dar início à carreira de técnico, que o fez ser o único a ganhar as cinco principais ligas da Europa (Serie A com o Milan, Premier League com o Chelsea, Ligue 1 com o PSG, LALIGA com o Real Madrid e Bundesliga com o Bayern de Munique).

Esse imenso currículo faz do novo treinador da seleção alguém muito mais completo, na visão do mentor.

“Ele não é mais um treinador italiano. Carlo, com o Milan, sempre fez diferente. Depois foi ao exterior e continuou fazendo diferente. Sempre jogando e vencendo. É um homem bom, excelente, inteligente e muito conhecedor. Esteve na Alemanha, na França, na Espanha, na Inglaterra. Queria ir até para a Turquia, e fui eu quem o parou. Disse: ‘Não, na Turquia não vá’. É uma pessoa realmente de altíssimo nível”, confidenciou.

É o suficiente para assumir o desafio de levar o Brasil ao hexa em 2026? Só o tempo será capaz de responder, mas Arrigo Sacchi, com a experiência de quem dirigiu alguns dos maiores craques dos anos 1980 e que viu nascer o técnico Ancelotti nascer, o vê como alguém suficientemente pronto para liderar com Neymar.

“Ele está pronto para essa pressão. Ele já passou anos viajando pelo mundo. Ganhou experiência em todos os lugares. Conversando com os ingleses, me diziam que o Brasil não tinha clareza em algumas coisas. Talvez o Brasil tenha vivido momentos extraordinários e achou que tinha chegado lá”.

A estreia de Ancelotti à frente do time pentacampeão mundial está marcada para 5 de junho, contra o Equador, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. Cinco dias depois, faz o primeiro jogo em casa, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo.

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