No começo dos anos 2000, o Napoli quebrou.
Não sem motivo. Um presidente “picareta”, que chegou a ser preso até por falsificar obras de arte, dívidas assustadoras, irresponsabilidade administrativa.
O pior chegou em 2004, quando deveria disputar a segunda divisão do Italiano.
Em 2 de agosto de 2004, a equipe não conseguiu a licença para disputar a Serie B, já que tinha dívidas acumuladas de 70 milhões de euros. Com isso, a bancarrota foi declarada de maneira oficial pela Justiça italiana, que permitiu que a equipe continuasse existindo apenas se fosse comprada por alguém que pudesse garantir o pagamento dos débitos e refundasse o clube com outro nome.
O Napoli então conseguiu um dono bilionário, mas a reconstrução foi dolorosa.
O clube teve que recomeçar a partir da terceira divisão. Faltava até bola para treinar na relargada.
Mas o Napoli voltou a ser gigante como é sua torcida. Recuperou seu nome. Retornou para a elite. Começou a novamente disputar competições europeias. Chegou à Champions League. Foi campeão Italiano em 2023. Pode repetir a dose nesta sexta-feira.
Segundo levantamento da consultoria Deloitte, o Napoli foi o 22º time mais rico do mundo na última temporada europeia.
O Corinthians é maior que o Napoli. Também não precisa repetir o caminho de ter um dono bilionário.
Mas só com o mesmo roteiro de dor do Napoli que vai renascer.
Não é com soluções fáceis tiradas no ChatGPT, como claramente fez Augusto Melo para enganar tanta gente e virar o pior presidente do clube, que o Corinthians vai sair do buraco que não para de cavar.
Para voltar a ser do tamanho que merece, o Corinthians precisa de uma reconstrução que vai fazer o clube não disputar títulos grandes por anos.
A dor vai compensar.
O Napoli, como o Flamengo, está aí para provar.
Mas com gente boa, e decente, mandando no clube.